domingo, 31 de outubro de 2010

Eixo VI

Visitando o eixo VI encontrei na interdisciplina “Questões étnico-raciais na educação: sociologia e história” o texto “Em Busca de Uma Ancestralidade Brasileira” de Daniel Mundurucu. Neste texto o que me chamou a atenção foi um questionamento feito pelo autor “Será que nossos educadores se preocupam em conhecer sua história de vida e ajudam os educandos a conhecer sua própria história?”.
Acredito que para trabalharmos com os alunos a questão histórica de nossa sociedade, antes é necessário trabalhar a história do aluno. Como entender o conceito de “história” se o aluno não tem clareza da sua própria história?. No meu estágio, nas primeiras aulas realizei atividades que envolviam o nome do aluno (o porquê da escolha, origem, quem o escolheu, significado...). Essas atividades ajudaram para que eles conhecessem a história do seu próprio nome e também para que eu os conhecesse um pouco mais.
Nesse sentido, a escola precisa resgatar no aluno a sua história pessoal, assim poderá compreender melhor o outro e entender que somos seres históricos e que cada um pode construir sua própria história. Como diz o autor Mandurucu

“... Somos a continuação de um fio que nasceu há muito tempo atrás... Vindo de outros lugares... Iniciado por outras pessoas... Completado, remendado, costurado e... Continuado por nós. De forma mais simples, poderíamos dizer que temos uma ancestralidade, um passado, uma tradição que precisa ser continuada, costurada, bricolada todo dia”.

Também nessa interdisciplina discutiu-se muito sobre a questão do preconceito, questão bastante presente na sociedade atual. Aceitar o diferente exige a capacidade para discernir que ele nos faz crescer. E é isso que torna uma sociedade cada vez mais diversificada e produtiva. A escola é uma das instituições onde as diferenças são visíveis. Trabalhar com elas em sala de aula é mostrar aos alunos que as diferenças existem e que precisam ser respeitadas.
Segundo Marilene Leal Paré no texto “Auto Imagem e Auto-Estima na Criança Negra: um Olhar sobre o seu Desempenho Escolar”, é “... de fundamental importância um olhar na multiculturalidade existentes em nossas salas de aula...”. Não considerar essa diversidade em sala de aula é estar reforçando ainda mais o preconceito e as diferenças.
Ainda neste eixo na interdisciplina de "Educação de Pessoas com Necessidades Especiais" também refletimos sobre as diferenças sobre aqueles que têm necessidades especiais. Lembro do vídeo assistido “Deficientes” que mostra a realidade que um deficiente enfrenta perante a sociedade nos dias atuais. A escola deve oferecer oportunidade para que estes portadores de necessidades especiais possam desenvolver suas capacidades, oferecendo profissionais especializados, materiais e recursos adequados e acima de tudo acreditar no potencial desses alunos.
Portanto, esse semestre nos proporcionou a reflexão sobre questões referentes às “diferenças” e o quanto é necessário trabalharmos com esse assunto em sala de aula, a fim de construir relações sociais que respeita as diferenças
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sábado, 30 de outubro de 2010

Eixo V

Neste eixo V as interdisciplinas estudadas foram: Seminário Integrador V; Organização e Gestão da Educação; Psicologia da Vida Adulta; Organização do Ensino Fundamental e Projeto Pedagógico em Ação.
Revisitando a interdisciplina de Psicologia da Vida Adulta encontrei o texto de David Elkind sobre as oito fases do ser humano segundo Erikson. Segundo ele, cada estágio apresenta uma nova dimensão de interação social do ser humano. Isso significa que cada fase corresponde uma maneira do indivíduo se relacionar consigo mesmo e com o ambiente social no qual está inserido.
Assim, cada fase da nossa vida é um desafio a ser vencido. No texto “Introdução à Psicologia da Vida Adulta” de Tania Beatriz, Luciane Magalhães e Jaqueline Picetti elas dizem que “a cada passagem, há perdas, mas há ganhos. Para algumas predominam os sentimentos de perda e para outros predominam os sentimentos de ganho a cada etapa. Porém, o certo é que a passagem por cada etapa significa expectativas diferentes com relação à própria vida.” Viver cada fase é poder aprender, crescer e ser alguém cada vez melhor. As fases segundo Erikson nos ajudam a compreender certas atitudes que temos ao longo da vida.
Nesta mesma interdisciplina encontrei o texto de Tania Beatriz “Aprendizagem na Vida Adulta” que apresenta as fases cognitivas de Jean Piaget e que estão sendo uma das bases teóricas do meu TCC para o estudo do lúdico no Ensino Fundamental. Especialmente, as fases pré-operatório e operatório concreto vêm ao encontro da minha problemática de estudo, pois corresponde ao período em que as crianças se encontram no Ensino Fundamental das Séries Iniciais.
Na interdisciplina Organização do Ensino Fundamental os estudos foram significativos, pois muitas reflexões foram feitas sobre a gestão democrática da escola. Todo educador precisa compreender a importância de uma participação efetiva nas decisões da escola e estender aos alunos e pais essa compreensão.
Inúmeras são as decisões que precisam ser tomadas em conjunto no ambiente escolar, é preciso participar ativamente do processo democrático da escola, a fim de colaborar para uma educação cada vez melhor.
Um projeto político pedagógico bem construído é de extrema importância para o funcionamento da escola, pois é nele que estão as referências e diretrizes para as práticas que serão implantadas. Nele os gestores se orientam para tomar as decisões e organizar todo o funcionamento da escola. Na construção do PPP todos os segmentos precisam estar inseridos no processo, para que se contemplem as necessidades de todos que fazem parte da vida escolar. No PPP, aparece todo o currículo da escola, e pensar em currículo é pensar nas práticas que será desenvolvida para alcançar os objetivos. Como diz Maria Beatriz Gomes da Silva “O currículo é o coração da escola. É por dentro dele que se pulsam e se mostram as mais diversas potencialidades...”.



quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Continuando a visita pelo Eixo IV...

Revendo novamente o semestre IV quero fazer algumas reflexões sobre a interdisciplina Representação do Mundo pelos Estudos Sociais. Encontrei o texto “A socialização da criança” que é um capítulo do livro Estudos Sociais: Teoria e Prática de Aracy do Rego Antunes, Heloisa Fesch Menandro e Tomoko Iyda Paganelli. Neste texto, elas fazem algumas considerações em torno da importância da escola trabalhar na disciplina de Estudos Sociais a socialização. Segundo as autoras “A construção da noção de vida em sociedade – objetivo maior do trabalho em Estudos Sociais – passa necessariamente pela questão da socialização da criança.”
Em meu estágio com a Educação Infantil, constatei o quanto o trabalho com a questão da socialização é importante para que a criança aprenda a viver em sociedade. Precisam entender que a relação com o outro deve ser de trocas constantes. Mas para que as crianças tenham este entendimento a escola deve desenvolver atividades em sala de aula capazes de levá-las a essa reflexão.
Procurei em meu estágio realizar muitas atividades em grupos, objetivando a socialização das crianças e mostrando a elas o quanto é importante ocupar o seu espaço, respeitando o do outro. Acredito que as relações sociais precisam ser trabalhadas sempre na escola independente da série. É fator indispensável para a formação de um indivíduo consciente de seu papel na sociedade. Somos seres “singulares”, mas indiscutivelmente sociais.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Eixo IV

Visitando o semestre IV encontrei na interdisciplina do Seminário Integrador a atividade sobre o Plano Individual de Estudos. Nele tivemos que fazer um plano de estudos para o semestre. Isto significou pensar nos objetivos e metas que tinha para aquele eixo.
Acredito que sem um plano, é difícil avaliarmos nossos avanços, planejar o tempo necessário para a concretização desses objetivos a que nos propomos alcançar.
Durante o estágio, tivemos que fazer a cada planejamento os objetivos que tínhamos para cada aula, observando o tempo necessário para a realização das atividades propostas. A metodologia também era pensada de acordo com o conteúdo trabalhado, tendo em vista uma melhor aprendizagem dos alunos.
Neste semestre, etapa final do curso, também precisei estabelecer metas para a realização do TCC. Planejar nossas ações diárias possibilita a concretização de nossos desejos e ainda, nos permite um momento para reflexão e avaliação. Desta forma, vamos aprimorando nossos conhecimentos e construindo novas aprendizagens.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Fechamento dos eixos: I, II e III

As reflexões que fiz das interdisciplinas estudadas até o eixo III foram relevantes para o meu TCC, principalmente a de Ludicidade na Educação, que é o tema que estou desenvolvendo e me aprofundando. Além disso, contribuiu para novas aprendizagens. Embora já tivéssemos conhecimentos dos textos, a cada releitura outras reflexões vão sendo feitas.
Outro fator interessante é o de sentir o quanto crescemos ao longo do curso. Por exemplo, em muitos textos revisados agora pude na releitura ter mais clareza do assunto. Atribuo isso, ao fato de nosso amadurecimento e caminhada durante o Pead.
Revendo a interdisciplina de Ludicidade na Educação busquei autores para o embasamento teórico de meu TCC, como Tânia Fortuna e Angela Cristina Munhoz Maluf. Essas autoras trazem boas contribuições sobre a importância do brincar na infância e que a escola é um ambiente que deve proporcionar momentos de brincadeiras lúdicas, a fim de que as crianças aprendam com entusiasmo e de forma mais significativa.
Ainda, quero lembrar, nesta postagem, dois outros autores Piaget e Vygotsky, estudados no II semestre na interdisciplina Desenvolvimento e Aprendizagem sob o Enfoque da Psicologia I. Estes são a base teórica do meu TCC e não foram mencionados nas postagens anteriores, por não ter, naquele momento, me dado por conta que suas teorias trazem importantes contribuições sobre o brincar durante a infância.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Respostas aos questionamentos do Eixo III

Refletindo os questionamentos da tutora Fabiana sobre a contação de histórias a qual fiz referência na minha postagem no dia 30 de setembro, afirmo que a contação tem grande ligação sim com a ludicidade, pois ela possibilita o desenvolvimento da imaginação, da fantasia, e do encantamento e essa é uma maneira de promover na escola o lúdico para a criança.
Ouvir histórias segundo Fanny Abramovich “é viver um momento de gostosura, de prazer, de divertimento dos melhores... É encantamento, maravilhamento, sedução... O livro da criança que ainda não lê é a história contada.”
Constatei na prática de sala de aula a necessidade que as crianças têm de viver o mundo do faz-de-conta, interpretar outros personagens, sentir o diferente, ter outras sensações e sentimentos.
Respondendo aos questionamentos da tutora Fabiana na postagem do dia 24 de setembro sobre quais textos da interdisciplina de Ludicidade na Educação que mais estão me auxiliando no Tcc são: “Sala de aula é lugar de brincar?” da professora Tânia Fortuna e “Brincar na escola” da autora Angela Cristina Munhoz Maluf.
Essas autoras defendem que brincar não é apenas uma forma de diversão, mas desenvolve habilidades e facilita a aprendizagem. É através de brincadeiras que as crianças se manifestam, criam, interagem. Na brincadeira a criança se revela, mostra todos os seus sentimentos. Tânia Fortuna diz que o educador precisa ter claro que brincar é uma continuação do estudar.
Aprender brincando é muito mais gostoso. Isso é de extrema importância para a criança que entra na escola, pois se encontra na fase da fantasia. É por meio do lúdico que a aprendizagem deve acontecer.