Narrar é uma atividade intrinsecamente humana, faz parte da nossa natureza. Desde muito cedo começamos a contar fatos, narrar pequenas histórias. Quando se é criança as narrativas ganham elementos de ficção, como relata Gurgel em seu texto “Tem um monstro no meio da história”.
Contar, inventar e reinventar histórias faz parte do desenvolvimento cognitivo da criança. É natural a mistura do real com o imaginário, acrescentar nas histórias coisas de sua vida ou fazer relações.
A atividade proposta pela interdisciplina Linguagem e Educação para analisar a narrativa de uma criança foi bastante interessante. Consegui observar o quanto a criança é criativa em suas narrativas. Percebe-se que existe uma riqueza de significados em sua linguagem, como o uso de expressões da língua culta, provavelmente, porque isso é usado no seu dia a dia, faz parte de seu vocabulário, e foi adquirido pelo contato com os livros ou pelo convívio com as pessoas que a cercam. O estímulo da família ou do professor tem um valor bastante significativo para o desenvolvimento do aluno. Nas construções de histórias o adulto ajudará a criança a organizar a sequência narrativa instigando-a na elaboração de pensamentos cada vez mais articulados e criativos.
Portanto, organizar momentos na sala de aula para a contação de histórias é fundamental em qualquer idade de escolarização. Mas, principalmente, nas primeiras séries onde a criança adora sonhar, possibilitando viajar no mundo da imaginação e da fantasia.