terça-feira, 30 de novembro de 2010

Continuando a visita pelo Eixo VII...

Ainda no eixo VII quero fazer algumas considerações sobre as interdisciplinas de Educação de Jovens e Adultos e Linguagem e Educação. Na interdisciplina Educação de Jovens e Adultos achei muito válidas as aprendizagens, porque antes deste estudo tinha poucos conhecimentos dessa modalidade de ensino. Essa modalidade requer dos educadores uma prática pedagógica diferenciada, considerando que são alunos adultos com mais experiência de vida e com outras perspectivas diferentes daqueles que frequentam um Ensino Regular. Nesse sentido, é importante partir dos conhecimentos dos alunos, dos temas geradores como coloca Paulo Freire. Desta forma, o aprendizado terá uma carga significativa aos olhos dos educandos. Nesta modalidade de ensino como aborda Carlos Roberto Jamil Cury, no parecer CEB nº 11/2000, “Nela, adolescentes, jovens, adultos e idosos poderão atualizar conhecimentos, mostrar habilidades, trocar experiências e ter acesso a novas regiões do trabalho e da cultura.”
Na interdisciplina de Linguagem e Educação gostei muito do texto de Thais Gurgel “Tem um monstro no meio da história.” As reflexões se deram em torno da importância das narrativas para o desenvolvimento infantil, pois é uma maneira de estimular a atividade mental da criança. No dizer de Gurgel “A oralidade é, dessa forma, um dos principais motores do desenvolvimento na primeira infância e aspecto-chave da creche e da pré-escola.” Tendo em vista esses estudos, no meu estágio realizei muitos momentos para as crianças desenvolverem a oralidade, com relatos de situações cotidianas das crianças, contação de histórias, etc. Portanto, a intervenção de um adulto nesse processo de desenvolvimento da criança faz toda a diferença.

Eixo VII

No eixo VII a interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação foi muito significativa para mim, visto que no semestre seguinte faríamos o estágio. Aprendi muito sobre planejamento e avaliação, estes estudos deram uma boa base para planejarmos bem e com mais segurança no estágio. O planejamento exige do educador metas bem definidas, com objetivos claros, a fim de melhor atender os alunos. De acordo com o texto “Planejamento: em busca de caminhos” de Maria Bernadete Castro Rodrigues “planejar é a constante busca de aliar o “para quê” ao “como”,...”. Isso significa pensar no aluno a cada planejamento realizado. A cada conteúdo dado devemos nos perguntar sempre: para que estou ensinando este conteúdo e como devo fazer para que esse conhecimento seja compreendido pelo aluno. Esses são questionamentos necessários a cada plano de aula, a cada conteúdo desenvolvido.
Ainda para a autora Bernadete “planejamento é processo constante através do qual a preparação, a realização e o acompanhamento se fundem, são indissociáveis.” Nesse sentido, o acompanhamento atento do professor após o planejamento, é extremamente importante para que se possa fazer uma avaliação daquilo que foi bom, que deu certo e o que ainda pode ser melhor.
Portanto, o planejamento é fundamental no currículo, porque traça todos os caminhos que deverão ser trilhados e conduz professores e alunos ao desenvolvimento das metas traçadas a fim de alcançar os objetivos propostos.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Fechamento dos Eixos IV, V e VI

Revisitar esses eixos é poder constatar o quanto nossa caminhada no Pead foi de intenso estudo, de ricas abordagens teóricas e práticas. Nesses eixos alguns textos foram muito úteis para a construção do TCC. Na interdisciplina Psicologia da Vida Adulta, por exemplo, reli textos sobre as fases do desenvolvimento infantil que me auxiliaram na elaboração do meu trabalho.
Os estudos realizados nesses semestres, também, me ajudaram na prática de estágio com a Educação Infantil, especialmente aqueles em torno da importância da socialização para a criança e da valorização da história de vida de cada um, porque nessa fase o processo de socialização e o desenvolvimento da oralidade são uns dos principais objetivos da Educação Infantil.
Portanto, relembrar os estudos feitos nesses eixos é de fato buscar na memória muitas aprendizagens.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Respondendo aos questionamentos do Eixo VI

Na postagem do eixo VI afirmei que “a escola deve oferecer oportunidade para que estes portadores de necessidades especiais possam desenvolver suas capacidades, oferecendo profissionais especializados, materiais e recursos adequados e acima de tudo acreditar no potencial desses alunos.” Fui questionada pela tutora Fabiana se é a escola que deve oferecer essas condições. Penso que a escola só poderá atender bem aos seus alunos e oferecer essas condições se tiver recursos financeiros e humanos. E isso só é possível se os governos sejam estaduais ou municipais cumprirem suas obrigações. Mas acredito que a escola, na pessoa do gestor, deve exigir desse governo os recursos necessários para que possa dar um bom atendimento a esses alunos portadores de necessidades especiais.

Respondendo aos questionamentos do Eixo V

A tutora Fabiana no comentário da postagem do eixo V destacou que eu poderia aprofundar mais os conceitos das fases cognitivas do desenvolvimento da criança segundo Piaget. Sendo o foco do meu TCC o lúdico nas primeiras séries do Ensino Fundamental, abordarei especialmente as fases pré-operatório e operatório concreto, já que essas fases correspondem à idade dos alunos dessas séries.
No período pré-operatório (2 aos 7 anos) a criança reflete sobre suas ações através dos objetos que são seus brinquedos sem estar experienciando-as naquele momento. Isso acontece devido aos esquemas de ações interiores tratados por Piaget como esquemas simbólicos. A criança tem a capacidade mental de criar símbolos, por exemplo, é capaz de reproduzir uma situação sem a presença dos objetos que faziam parte da ação. É a fase em que imitam, fantasiam aos seus desejos. O pensamento da criança é centrado em si mesma, por isso nessa fase chamamos de pensamento egocêntrico.
O período operatório-concreto (7-8 anos a 11-12 anos) é marcado por um pensamento menos egocêntrico, isto significa que a criança consegue ser mais compatível com o mundo que a rodeia. Ela é capaz de separar o mundo real da fantasia. O pensamento da criança orienta-se com o uso de material concreto, pois ela ainda não consegue pensar abstramente.
Portanto, ter o conhecimento das fases do desenvolvimento segundo Piaget é de extrema importância para educadores, pois o interesse da criança por determinadas atividades lúdicas variam conforme o estágio em que se encontra.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Continuando a visita pelo Eixo VI...

Ainda no eixo VI na interdisciplina de Filosofia da Educação discutimos muito sobre o papel da argumentação que tem o objetivo de convencer, justificar uma ideia, uma tese e não o de apenas dar uma explicação sobre algo. Agora, com a elaboração do TCC, sei o quanto é necessário ter bons argumentos para que nossa ideia tenha sustentação e credibilidade. Portanto, o estudo sobre argumentação foi muito útil no trabalho de conclusão.
Nessa mesma interdisciplina encontrei o texto “Educação após Auschwitz” de Adorno que abordam questões significativas em torno da educação, civilização e barbárie, mostrando os rumos da sociedade.
O texto nos informa sobre as inúmeras barbáries que ocorreram ao longo da história, as que estão acontecendo e as que ainda podem acontecer se não fizermos alguma coisa para que mudanças ocorram. Penso que é preciso investir numa educação que privilegie a singularidade de cada indivíduo. Além disso, que exista a cooperação entre as pessoas e que o diálogo seja a melhor forma para resolver os problemas.
A escola é um espaço de relações diversas e deve assumir o seu papel de formadora de cidadãos críticos, que saibam pensar, caso contrário poderá estar reforçando a barbárie, como diz o texto de Adorno “A educação só teria pleno sentido como educação para a auto-reflexão crítica”. É preciso olhar o aluno como um ser importante no mundo, com sentimentos. Muitos que estão cometendo barbárie hoje podem ser aqueles que não foram levados a conhecer-se, a ver no outro o afeto, o respeito, o gostar de si.